Entrego ao vento mudo a minha fala
Sombra que cala e aguarda
Tempo distante cheio de estrelas mortas
Fulgurantes viciadas em brilho.
Comemoremos meus caros patrícios
As últimas gotas de vinho
A velha bêbada perto do moinho.
Eu tenho náuseas todo o fim de semana
Oscular o tédio ,deitar com a derradeira revolta
Para logo em seguida trepar com a primeira calmaria.
O opaco traço da minha dúvida verseja insólitas divagações
Despejadas em dionisíacos festins
Onde centauros ,sátiros e madonas
Comungam da hóstia depravada dos sentidos.
( 1977 - 201_ ) João Henrique
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